
Na maioria das vezes, quando o assunto é autismo, pensamos em uma criança, que possui desafios nas áreas de comunicação e socialização. Porém, ele não desaparece com a idade. Dessa forma, muitos adultos vivem com autismo e, por muitas vezes, eles nem sequer sabem que o têm.
Entender o autismo em adultos é fundamental para que essas pessoas possam buscar apoio e formas de viver plenamente.
Pensando nisso, hoje queremos falar sobre esse assunto com você.
Então, continue com a leitura e descubra mais sobre o tema!
Sintomas do autismo em adultos
Para falar sobre o assunto, nada melhor que começar citando os seus sintomas.
Portanto, o autismo em adultos pode se manifestar de maneiras variadas e, frequentemente, os sintomas são mais sutis do que em crianças. Dessa forma, alguns dos sinais mais comuns são:
1 – Dificuldades de socialização
De fato, muitos adultos com autismo têm dificuldade em compreender normas sociais e de se envolver em conversas. Aliás, durante essas situações, geralmente eles evitam o contato visual, têm dificuldade em interpretar expressões faciais e linguagens corporais, e podem achar desafiador manter amizades.
2 – Comunicação e interação
Do mesmo modo, a comunicação pode ser um desafio. O autismo em adultos faz com que eles interpretem palavras de forma literal, dificultando o entendimento de ironias. Além disso, pessoas que enfrentam essa condição podem ter dificuldade em iniciar ou manter conversas por um tempo maior.
3 – Interesses restritos e comportamentos repetitivos
Os adultos com autismo podem se envolver intensamente em interesses específicos, que podem parecer incomuns em sua intensidade ou foco. Então, comportamentos repetitivos, como a necessidade de seguir rotinas rígidas, também são comuns em pessoas com esse quadro.
4 – Sensibilidade sensorial
Outro sintoma comum é a sensibilidade aumentada a estímulos sensoriais como, por exemplo, luzes brilhantes, ruídos altos ou texturas específicas. Dessa forma, essa super sensibilidade pode provocar um desconforto significativo e influenciar no comportamento do adulto com autismo.
5 – Desafios na vida diária
Por fim, realizar tarefas cotidianas pode ser mais difícil para esses adultos. Eles podem ter dificuldades para gerenciar o tempo, organizar atividades e lidar com mudanças na rotina.
Como identificar o autismo em adultos?
Agora que você já conheceu alguns sintomas do autismo em pessoas na fase adulta, vamos entender como identificar a condição.
Muitos desses adultos aprendem a mascarar seus sintomas ao longo do tempo. Dessa forma, identificar a presença do autismo neles pode ser mais difícil. No entanto, a identificação correta é crucial para proporcionar o suporte adequado.
Olhar com atenção para a história de vida e desafios que esse adulto enfrentou ao longo dos anos podem fornecer pistas importantes na hora de identificar o autismo. Por exemplo, dificuldades na escola, problemas para se socializar e interesses intensos e restritos durante a fase da infância devem ser levados em conta.
Em alguns casos, a conscientização começa com a própria pessoa. Ou seja, adultos que suspeitam ter autismo podem buscar ajuda de profissionais de saúde mental que vão realizar avaliações através de entrevistas e observações clínicas para avaliar os sintomas.
Como diagnosticar o autismo em adultos?
O diagnóstico de autismo em adultos pode ser complexo, em alguns casos, e envolve uma avaliação de um profissional qualificado. O primeiro passo é uma avaliação inicial, feita por um psicólogo. Nessa avaliação ele vai questionar, em detalhes, a história de vida do adulto, comportamentos e desafios, conforme já citamos acima.
Além disso, existem avaliações multidisciplinares que vão incluir, além do psicólogo, profissionais como psiquiatras, terapeutas ocupacionais e, em alguns casos, neurologistas.
Desse modo, cada um deles vai contribuir com uma perspectiva diferente, para garantir uma avaliação mais abrangente e precisa.
Durante o diagnóstico, é importante se atentar a outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como transtornos de ansiedade e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, também conhecido como TDAH.
Como conviver com o autismo?
Certamente, receber um diagnóstico de autismo na idade adulta pode ser um alívio para muitas pessoas, pois ajuda a entender melhor os desafios que foram enfrentados ao longo da vida. Aliás, existem formas de apoio para adultos com autismo, como por exemplo:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): a TCC pode ser útil para abordar desafios específicos, como habilidades sociais, gerenciamento de ansiedade e desenvolvimento de estratégias de enfrentamento para os adultos com autismo;
- Grupos de apoio: participar de grupos de apoio pode proporcionar um senso de comunidade e a oportunidade de compartilhar experiências e estratégias com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes;
- Apoio ocupacional: terapeutas ocupacionais também são profissionais prontos para ajudar a desenvolver habilidades para a vida diária desses adultos. Aliás, conforme mencionamos anteriormente, eles auxiliam em habilidades sociais, gerenciamento do tempo e melhora na organização;
- Ajustes no ambiente de trabalho: muitos adultos com autismo demandam alguns ajustes no local de trabalho, como horários flexíveis, espaços mais tranquilos e clareza nas instruções e expectativas. Dessa forma, eles podem se sentir melhor e ser mais produtivos.
- Apoio familiar: sem dúvidas, aprender mais sobre o autismo e como ele se manifesta pode ajudar os adultos a entenderem melhor suas próprias experiências, porém essa tarefa não cabe apenas para si mesmo, mas também para sua família.
Afinal, o apoio familiar é crucial. Então, compreender o que é o autismo e como ele afeta o adulto pode ajudar os familiares a serem mais compreensivos e a oferecer o apoio necessário.
Identificar é o primeiro passo
Como vimos ao longo deste texto, o autismo em adultos é uma condição que pode afetar muitos aspectos da vida dessa pessoa, desde a socialização até a realização de tarefas diárias.
Sem dúvidas, a identificação correta e o apoio adequado, auxiliam na vida e cotidiano desses adultos. Portanto, se você suspeita que você ou algum conhecido, familiar, possa ter autismo, o primeiro passo é buscar ajuda profissional, de preferência vinda de um psicólogo.
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